O mundo não precisa do seu livro?

Oi oi amores, tudo certinho? Hoje eu comecei com um post POLÊÊÊMICO aqui no blog. Na verdade esse assunto surgiu há um tempinho no grupo Sociedade Secreta dos Escritores Vivos, um grupo para autores nacionais no Facebook (é maravilhoso, gente), e a Camila Deus Dará, a criadora do grupo, fez um vídeo no canal dela sobre isso e eu gostei bastante, então, resolvi trazer para cá também!

Queria começar dizendo que essa é a minha opinião, e todo mundo é livre para pensar totalmente diferente. Acho que eu só preciso desabafar um pouco sobre esse assunto, preciso colocar em algum lugar o que eu penso e como eu encaro a situação.

Diversas vezes, eu já ouvi que o livro é um meio para passar uma mensagem, e se você não tem uma mensagem, talvez você não precise desse meio. Também já ouvi falar que, se isso acontece, talvez o mundo não precise do seu livro. Será mesmo?

O que me incomoda tanto nessa questão é quem escolhe se o mundo precisa ou não do seu livro. Se você está pronto ou não, se o que você escreveu será relevante a alguém. Quer dizer, J.K Rowling recebeu o julgamento de que ninguém precisava do livro dela DOZE vezes, e Harry Potter está aí com tudo, minha gente. Diversas pessoas entraram no mundo da literatura através do trabalho dela.

Eu acho que nenhum escritor, quando começa a escrever um livro, pensa em passar uma mensagem de primeira. O que temos é uma história, uma ideia que simplesmente precisamos colocar no papel e muita disposição. A mensagem é consequência da história, ela em si decide passar uma mensagem sem que precisemos interferir. Ou não. E é aí que eu quero chegar.

Por que, necessariamente, é preciso passar uma mensagem? Na fábula talvez, em que uma das regras é justamente ter uma moral, mas escrever não deve ser algo livre? Como toda ARTE deve ser?

Livros que mudam o mundo são muito importantes, mas o que seria do vermelho se todo mundo só gostasse de verde? Eu adoro livros que nos fazem refletir, mas eu também gosto dos livros que apenas me fazem rir, livros leves, para o momento. Nem tudo precisa seguir só uma linha, e é daí que vem a graça dos livros: cada autor deixa um pouquinho de si em seus livros. Nem todos os autores querem mudar o mundo, e nem todos querem escrever livros para apenas divertir o leitor. São propósitos diferentes, pessoas diferentes. E é por isso que os livros saem de formas diferentes.

O escritor só é escritor por necessidade. Necessidade de colocar em algum lugar seus sentimentos, seu jeito de ser, o que se passa na sua cabeça cheia de loucuras e ideias fantásticas. E há algum problema em querer compartilhar com outras pessoas o que te faz bem?

A verdade é que uma história incrível para mim pode ser péssima para você, e vice e versa. Por causa disso, a história de “o mundo não precisa do seu livro” se torna muito relativa. Talvez você não precise do livro naquele momento, mas outra pessoa precise.

Eu acho que o que você tem que se perguntar é se você precisa escrever essa história. Eu posso falar que, como escritora, eu não “quero” escrever. Lógico, eu amo escrever, mas é acima de tudo uma necessidade vital. Não me imagino sem poder colocar tudo que eu sinto no papel, sem poder contar histórias.

O questionamento que fica é: quem deve julgar sua obra digna ou não, você ou as outras pessoas? Afinal, o autor é você, o livro é seu, o propósito é seu. Todos os livros trazem algo bom, só precisamos enxergar. Seja ela uma pequena ou grande ideia, vai nos servir para alguma coisa em determinado momento da vida. E se não servir, é só fechar o livro e passá-lo para outra pessoa. É simples.

Então, gente, esse foi meu desabafo. O que vocês acham desse assunto? Me deixem aqui nos comentários que eu vou adorar saber a opinião de vocês! E não esqueçam de me seguir no Twitter (meufazdeconta) e no Instagram (meufazdeconta_) para ficar sabendo de todas as novidades!

Beijão e até o próximo post!

Ana Laura Marins