Será que eu estou tocando na ferida? Será que você lembra, depois da meia-noite do primeiro dia do ano, das promessas que fez?
Esse post não está aqui por acaso. Hoje é o dia 200 do ano e, quando eu vi isso, me assustei um pouco. Julho de 2018, mais da metade do ano, uma longa estrada já percorrida que ficou para trás, no passado, no “depois da meia-noite do dia 1”.
Comecei a lembrar de todo mundo escrevendo nos papéis as coisas que estavam determinados a fazer no próximo ano, como iam emagrecer, tirar notas boas, passar no vestibular, começar a aprender inglês, finalmente trocar de emprego… Pois é, cá estamos, caros prometedores.
Eu não me incluí por uma boa razão: eu não escrevi promessas. Não esse ano.
Eu sempre ficava farta, em cada ano novo, perceber que eu não tinha cumprido nada. Refazer as mesmas promessas, dizer o famoso “agora vai”, só que nunca ir. Eu decidi dar uma guinada, me aventurar a fazer o que ninguém estava fazendo.
Eu não prometi nada para 2018.
Sabe o famoso meme “não sou obrigada a nada”? Eu aderi isso na minha vida esse ano, minha vontade era me permitir ter vontades espontâneas, ser mais espontânea. Acho meio errado a gente colocar a vida em uma lista de desejos, como se fosse a listinha do supermercado.
Eu, com muita satisfação, venho dizer que eu tenho cumprido o que eu nada prometi. Eu tenho sentido, me permitido (vamos nos permitiiiiiiiiiir), tenho feito minhas vontades e isso é incrível para mim! Viver o momento é algo que a gente tem que ir aprendendo, aos poucos, até poder dizer “sim” para os nossos desejos sem medo de ser feliz!
Não me atrelar à obrigações foi o que me fez crescer mais. Eu não fico me culpando pelo o que eu não fiz, mas me dou parabéns pelo o que eu conquistei. E eu conquistei muita coisa esse ano! Eu me aceitei mais, estou aprendendo a ser menos ansiosa e me gostar cada dia mais.
A vida não deve ser resumida a quantas promessas de ano novo você cumpriu ou deixou de cumprir. Eu, que sempre me cobrei demais, decidi não me cobrar nada. E não é que deu certo?
E as suas promessas, como vão?
Ana Laura Marins
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