Feliz Ano Novo: porque a virada do ano sempre me faz chorar

Mais um ano voou. Não sei se foram os prédios ainda enfeitados com luzinhas de Natal, as músicas “No Ano que Passa, No Ano Que Vem” da rádio ou mesmo as propagandas da TV sobre valorizar o futuro e dando as boas vindas a 2018. A questão é que meu peito apertou.

Esse ano passou por mim como um dardo, veloz e certeiro, daqueles que deixam a sua marca e algumas arranhaduras. Tudo bem, cada segundo valeu à pena. Eu vou até sentir falta desses arranhões.

Tem sempre um clima melancólico em toda despedida, né? E muita incerteza.

Fim do ciclo, fim de mais um ano, mais um livro de 365 páginas fechado. Eu acho que eu sempre me apego muito ao ano que passou — especificamente a tudo que aconteceu — o que torna complicado cada segundo depois da meia-noite durante alguns minutos.

Copos brindando, a música ao fundo, toda a família cantando e se abraçando. Alguns membros não estão mais aqui… Eu estou mais velha. “Como vai ser depois dessa noite? O que esse ano está guardando para mim?”
Mas, além de tudo isso, há orgulho. Eu sobrevivi a mais um ano, venci o mundo mais uma vez. Cada “Feliz Ano Novo” me recorda de que tudo passa, que eu sou forte e que eu posso vencer de novo.

E é através dessa montanha-russa meio bruta de sentimentos que consigo achar paz. Normalmente, depois disso, eu reagendo o projeto fitness para o próximo ano e escrevo algo embaixo que eu realmente me esforço para cumprir.

Então, eu olho para o céu estrelado como uma metáfora para olhar para o passado e eu vejo como é bonito. É ano novo — e eu choro. De felicidade, de tristeza, de nostalgia e de saudade. Tudo junto e misturado, o que não me surpreende, já que meu nome do meio é confusão.

Um passarinho me contou 2018 vai ser um ano fora de série.  Eu resolvi acreditar nele.

E você, o que o seu passarinho te contou sobre 2018?

Ana Laura Marins